Expedição atravessa o Pantanal levando ajuda

0
213
Picape Ford Ranger Limited original de fábrica encarou a Expedição Alma Pantaneira

Depois de 12 dias e mais de 1800 km percorridos, realizando atendimentos médicos, odontológicos e veterinários, os 42 integrantes da Expedição Alma Pantaneira chegam à Cuiabá, capital do Mato Grosso. Ao todo foram realizadas mais de 5 mil procedimentos na população pantaneira, entregues cerca de três toneladas de roupas, brinquedos e material de higiene pessoal. Além disso, o grupo participou da recuperação das instalações da Escola das Águas, no Pantanal do Paiaguás, atingida por forte vendaval.

Paulo Cruz, da equipe AutoNews, participou da viagem a bordo de uma picape Ford Ranger Limited, equipada com motor V6 de 250 cv de potência. A única alteração feita foi a retirada do estribo lateral. “Mesmo com a picape original de fábrica, os caminhos pantaneiros foram superados sem maiores dificuldades. Encaramos muita areia e poucos trechos alagados. O motor forte foi o ponto alto da picape e a eletrônica embarcada, ajudou muito na condução. Bastava selecionar o modelo de condução, como areia ou piso escorregadio para ver a picape trabalhando. Foi uma ótima experiência a bordo da Ranger”, comenta Paulo Cruz.

A saída dos expedicionários foi na frente do Bioparque Pantanal

O grupo saiu de Campo Grande (MS) no dia 23 de outubro, seguindo pela BR-262 passando por Miranda (MS) até chegar na Estrada Parque do Pantanal, até a primeira parada, na escola municipal Sebastião Rolon onde montaram uma base de atendimento. Além das crianças que estudam no lugar, ainda foram atendidos os moradores da região. “É um lugar distante e é muito difícil para as pessoas buscarem tratamento. Atendemos pacientes que não iam há anos em um médico ou dentista”, comenta Elisclay, dentista de Rio Verde (MS) e que participa pela sétima vez da Expedição. 

Para aumentar o alcance dos atendimentos, o grupo de apoio que integra o grupo faz o serviço de buscar as pessoas que moram na região e que não tem como chegar aos médicos. Rony Fujii, veterinário da Servisal, uma das empresas que apoiam o projeto, foi um dos que fez esse trabalho. “Sabemos que não é fácil o deslocamento pelos caminhos pantaneiros. Há pessoas que já são idosas, ou que tem crianças de colo e precisam ser alcançadas. Transportamos uma mãe com sua filha com deficiência de locomoção. Ela teria que andar mais de quatro horas carregando a criança no colo para chegar até a gente. É muito gratificante poder ajudar gente assim”, comenta o veterinário. 

Na escola do Porto Rolon, uma das bases de atendimento, a dentista Elisclay atende crianças pantaneiras

Ao todo foram montadas seis bases de atendimento em fazendas e escolas que tem mais estrutura para receber os consultórios portáteis e as equipes médicas e odontológicas. 

“Hoje levamos equipamentos de ponta como um raio-x odontológico, ultrassom e até um aparelho que faz exames de análises clínicas em menos de uma hora. Com isso conseguimos melhorar muito a qualidade dos atendimentos”, comenta Waldir Albaneze, um dos idealizadores da Expedição.

Escola das Águas 

No dia 30 de outubro um forte vendaval destelhou parte da Escola das Águas no Pantanal do Paiaguás. Distante cerca de  20 horas de Corumbá, o lugar abriga hoje 47 crianças que vivem em regime de internato, além dos professores. Colchões, roupas de cama, material escolar, foram atingidos. As telhas de alumínio também foram danificadas. “Quando soubemos o que havia acontecido deu um aperto no coração. Já atendemos essa escola há nove anos e sabemos das dificuldades. As crianças que vivem aqui passam meses sem ver os pais que trabalham na lida pantaneira e dependem da escola. Para chegar rápido, nós dividimos nosso grupo. Parte ficou em atendimento na fazenda Viveirinho e parte rumou na madrugada do dia seguinte até a escola. Quando chegamos o cenário era de destruição. As crianças estavam ainda assustadas e tiveram que se espremer em uma parte da escola que tinha telhado. Fizemos uma força tarefa e conseguimos recolocar provisoriamente as telhas”, explica Geraldo Albaneze, um dos líderes da Alma Pantaneira. 

Parte da Escola da Águas perdeu o telhado com o vendaval que atingiu a região

O grupo também fez uma campanha pelas redes sociais pedindo donativos. “Foi uma grande corrente do bem. Muitos que assistiram nossos vídeos se sensibilizaram e as doações começaram a chegar. Ao todo conseguimos perto de R$ 110 mil. Com isso, a escola vai ficar melhor do que estava”, se emociona o jornalista Paulo Cruz, que participa há três anos da expedição.

Homem Pantaneiro 

Além de cuidar da fauna e flora da maior planície alagável do planeta, olhar para o homem pantaneiro é um dos objetivos da Expedição. “A gente que vive nessa região é a principal protetora do pantanal. Eles são os maiores interessado em manter e preservar os bichos e as plantas. O que fazemos é ajudar a manter essas pessoas nesse lugar levando assistência médica, odontológica e pesquisadores que trabalham para melhorar a vida por aqui”, explica Diogo Albaneze, diretor do Instituto Alma Pantaneira.

Ajuda 

Para manter o projeto da expedição, o instituto conta com apoio de patrocinadores e apoiadores que fazem contribuições ao longo do ano. Quem quiser participar com qualquer tipo de ajuda pode entrar em contato pelo site www.institutoalmapantaneira.com.br ou pelo Instagram @institutoalmapanraneira.

 

https://www.instagram.com/institutoalmapantaneira/?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igshid=OGQ5ZDc2ODk2ZA==

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here